Introdução: Uma Galáxia de Constelações Infinitas
Por que estou escrevendo este post? Bem, chega uma fase na vida em que começam a te fazer perguntas profundas, como: “Qual é o melhor Linux?”. Para mim, essa é a mesma coisa que perguntar: qual é a melhor editora entre Marvel e DC? Ou então, Android 🆚 iPhone.A resposta curta é: "Depende do que você precisa, não existe tal coisa de melhor ou pior".😎
Engula isso, conviva com isso, adapte-se ou morra.
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X-men: First Class (2011) | Adapt To This |
Pois, diferente do Windows ou macOS, que têm versões bem definidas e previsíveis, o mundo Linux é uma galáxia de distribuições para todos os gostos, objetivos e, claro, níveis de paciência. 😅
E para que possas entender essa galáxia, vou pedir um pouquinho de paciência e vamos explorar esse universo juntos, começando pela explicação de "O Que São Distros?".
Uma Breve História de Origem: O Que São Distros?
De forma simples, uma distribuição Linux (ou distro, para os íntimos) é um sistema operacional completo, baseado no kernel Linux, que é o "coração" do sistema. Ele gerencia o hardware e as operações básicas, como controle de memória, dispositivos de entrada/saída, e comunicação entre software e hardware. No Windows, seria o que chamamos de... kernel mesmo! E no macOS? O XNU kernel (sim, o nome é estranho 😀).
Se preferir uma analogia mais minha, o Windows e o macOS são como jogos com configurações predefinidas, como Assassin's Creed ou Call of Duty, onde você tem pouquíssima liberdade para customizar. Já o Linux é como um sandbox RPG, como The Elder Scrolls V: Skyrim, onde você escolhe cada habilidade, classe e item do personagem, criando algo único. A diferença está na liberdade de customização que o Linux oferece, permitindo que você construa o sistema da forma que quiser, de acordo com suas necessidades e preferências.
Outro ponto único no Linux é o modelo de lançamento. Enquanto o Windows e macOS lançam versões inteiras e mudam quase tudo de uma vez (como ir do Windows 10 para o 11), no Linux você pode escolher se prefere mudanças constantes ou estabilidade sólida. A escolha fica entre distros com lançamento do tipo:
- Rolling Release: Atualizações contínuas e incrementais. As distros sempre têm as versões mais recentes dos pacotes. Ideal para quem gosta de novidades e não tem medo de bugs ocasionais.
- Ciclo Periódico/Stable: Lançamentos programados em intervalos fixos (semestrais, anuais, etc.). Mais estabilidade, mas com pacotes nem sempre tão atualizados.
E já que falamos em pacotes, vamos fazer um pequeno desvio para te explicar de forma breve sobre gerenciadores de pacotes e famílias e depois falamos das distros.
Linhagens Sanguíneas: Como Escolher Minha Distro?
As distribuições Linux podem ser agrupadas em famílias com base no gerenciador de pacotes 📦, história e propósito.
Para entender o que é um gerenciador de pacotes, pense nele como um “Delivery” dos aplicativos no Linux... ou melhor, a Steam do Linux: um sistema que baixa, instala e organiza tudo o que você precisa, mas sem DRM (Digital Rights Management, um sistema de restrições que limita o uso e compartilhamento de conteúdos) e com muito mais liberdade (um sonho comparado a procurar arquivos ".exe" ou ".dmg").
Alguns dos principais gerenciadores de pacotes são: apt, dnf/yum, zypper, pkgtool, pacman, entre outros.
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Pacman: Comedor de pacotes do Arch Linux |
Além disso, temos sistemas universais de pacotes como Flatpak e Snap, que permitem instalar aplicativos de maneira mais uniforme, independentemente da distro que você usa.
Para não deixar o artigo muito longo, vou parar por aqui e continuar com a listagem das distros na parte 2... mas você não precisa interromper sua leitura, clique aqui para continuar.
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